O projeto Omulu – Terra de Quilombo fez lançamento, nesse
dia 19 de abril, de nova campanha, nesse período de pandemia, só que agora com
o foco voltado para a importância da vacinação de todo o território quilombola.
O cartaz que traz o slogan QUILOMBOLA
VACINADO TERRITÓRIO IMUNIZADO tem como objetivo que todas as pessoas do
quilombo recebam a vacinação e que assim o território possa viver em segurança,
pois não adianta apenas uma parte dos quilombolas serem vacinados deixando em
vulnerabilidade outros sujeitos que fazem parte da família quilombola.
O cartaz traz ainda alguns quilombolas bastante
representativos para todo o movimento quilombola de Santarém. O senhor Aldo Santos,
do quilombo Saracura é um deles. Aldo é uma das primeiras lideranças quilombolas
que contribuiu na articulação e fortalecimento identitário e associativo dos
quilombos de Santarém. Hoje, com a saúde debilitada ainda consegue se tornar
presente na casa de cada quilombola trazendo a mensagem de que todos e todas
precisam ser vacinados e vacinadas, aliás, essa é a mensagem central que em
imagem que o cartaz mostra...todos e todas precisam ser vacinados e vacinadas,
é o que demonstra o gesto dos dedos apontando para o braço.
Miriane Coelho, secretária da FOQS explanando sobre a nova etapa do projeto |
Dona Marcionília, mas conhecida carinhosamente como “Dona
Mocinha” representa o saber ancestral e os cuidados que a mulher quilombola
traz como resistência e resiliência. Dona Mocinha representa todo o saber
ancestral, o saber das griôs, cujo reconhecimento foi dado pelo Ministério da
Cultura a ela em meados de 2008.
A jovem Jucimara Oliveira, Vice-Presidenta da FOQS – Federação das Organizações Quilombolas de Santarém, está simbolizando toda a luta das mulheres quilombolas de Santarém, sua força e cuidado para com o quilombo. Seu filho, Fernando, representa toda a esperança e continuidade da luta quilombolas. Todos e todas anseiam a vacina para todo o território quilombola.
As paisagens da várzea são do quilombo Arapemã, representando
a riqueza natural e que ao mesmo tempo, apresenta suas nuances de
vulnerabilidade, principalmente nesse contexto de pandemia. A vacinação
coletiva, como tem sido discutido em nível estadual com organizações como a
MALUNGU – Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de
Quilombos do Pará e até mesmo nacionalmente, com a Coordenação Nacional de
Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas –CONAQ, é a
solução para dar segurança à saúde da população quilombola e de seus
territórios.
#QuilombolaVacinadoTerritórioImunizado
#VidasancestraisImportam
#CompartilheInformação
#CompartilheSaúde
Santarém, 19 de abril de 2021.
Por Aldo Luciano Corrêa de Lima[1]
[1] Antropólogo; Produtor Cultural;
Coordenador de Formação da OFS Regional Norte 3 – Pará Oeste; Assessor de
Projetos da FOQS e Coordenador do Ponto de Cultura Kizomba.
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